quinta-feira, 29 de maio de 2008

Curiosité


No século XVIII, nenhuma Dama que se prezasse saía sem um acessório importantissímo: a verruga. Este sinal, nos dias de hoje relacionado com imperfeição estética, era muito popular no século das Luzes, pois a sua colocação em determinado sitio, tinha um significado especifico. Aqui mostro uma imagem que nos traz esses significados; vejam aquele que mais se vos apropria e por favor, usem verruga!!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Broadsheet

Apesar de em Portugal a terceira temporada do Project Runway já ter terminado, não queria deixar de fazer uma pequena reflexão sobre a mesma, apesar de já ir um pouco atrasado. Dos 15 concorrentes (todos talentosos, mas uns mais que outros), apenas 4 apresentaram as suas colecções na Semana da Moda de NYC. Sendo assim, os quatro finalistas foram: Laura Bennett, Jeffrey Sebelia, Uli Herzner e Michael Knight.

Michael Knigth, afro-americano de tenra idade, foi uma das mais agradáveis surpresas do programa. De facto o seu estilo jovem, sensual e por vezes arrojado, fez com que fosse um dos concorrente que mais desafios ganhou ao longo da série. Um dos seus mais bonitos conjuntos foi o célebre facto rosa-choque (top e calções), que ganhou um artigo plubicitário da revista Elle. A sua colecção final, no entanto, foi a mais fraca das quatro. O seu tema ( Safari Urbano), tornou a sua roupa exagerada, cheia de pormenores excessivos e de padrões garridos. Os júris fizeram Michael ver que pecou por uma única coisa: falta de gosto. Concordo plenamente! Ficou em quarto lugar.

Laura Bennett, arquitecta de formação e mãe de seis crianças, foi uma das minhas favoritas ao longo de todo a temporada. Na verdade, o seu estilo conservador, chique e elegante, não passou despercebido Uma das particularidades desta designer é o facto de só fazer roupa que ela própria vestiria. E isso notou-se perfeitamente ao longo de todos os episódios! Os próprios júris fizeram observações sobre essa caracteristica tão especial de Laura. No que diz respeito à sua colecção final, esta ficou marcada por vestidos de gala, numa paleta de cores bastante simples (preto, sobretudo) e com pormenores bastante festivos, como por exemplo, brilhantes, lantejoulas e alguma plumagem. No seu todo foi uma bonita colecção, mas que pecou pelo facto de não se ter adaptado ao dia-a-dia. Ficou em terceiro lugar.

Seguidamente, temos a talentosissíma Uli Herzner. Esta designer ganhou o respeito de todos por causa do seu talento, simpatia e companheirismo em relação aos colegas de concurso. As suas roupas ficaram famosas pelo uso de padrões invulgares, suaves ou mais exuberantes, mas lindissímos. As roupas tinham sempre a sua marca, obedecendo ao mesmo tempo aos padrões dos desafios. Na sua colecção final, teve o aplauso do público pois, fugindo aos padrões, conseguiu fazer do seu tema (Safari) uma verdadeira obra de arte. Com muita pena minha, ficou em segundo lugar.

Por fim, temos o vencedor da terceira temporada: Jefrrey Sebelia. Este estilista de Los Angeles foi um dos mais polémicos concorrentes do Project Runway 4. A sua imagem pouca conservadora, mereceu a atenção desde o início do programa. No entanto, as suas roupas nem sempre foram das mais aplaudidas pelo júri, mostrando, por vezes, um estilo desalinhado e muito vanguardista. Porém, temos que dar a mão à palmatória: a execução das peças era perfeita. Em relaçao à sua última colecção, o visual era jovem, arrojado e comerciável. Ou seja, muito out do mundo da Alta Costura. Não era o meu preferido...mas que ganhou, lá isso ganhou.


A quarta temporada do Project Runway já saíu em Portugal. Nõ estou a perder nemuma pitada. Espero que vocês também não..

Toilette



Lanvin Primavera/Verão 2008

Clave de Sol

Kylie Minogue - In My Arms (RMX Radio)


quarta-feira, 21 de maio de 2008

Historial


Apesar de saber que nem toda a gente é aficionada por realeza e nobreza como eu, gostaría de fazer aqui um pequeno teste. Reparem bem na Senhora que está na fotografia em cima. Pois bem, gostaría que me explicassem de quem se trata. Apenas dou uma pista: pertenceu a uma das mais antigas casas reais da Europa e foi Rainha de um país europeu. Quem acertar, leva um prémio... Boa sorte!!

Toilette


Donna Karan Primavera/Verão 2008

Pormenores


Apesar desta Vuitton ser da colecção Primavera/Verão 2007, não resisti em pô-la aqui para todos verem o quão bonita é! Adorável, discreta e primaveril, não acham? Gostamos...

Decoração


sábado, 10 de maio de 2008

Estante


O último Conjurado - A Revolta dos Conjurados e a Restauração da Independência
Este livro, de autoria de Isabel Ricardo, é uma obra maravilhosa de puro entretenimento histórico. É uma boa aposta para quem gosta de História e de um bom romance de capa e espada ao estilo de Dumas. Retrata uma era conturbada na nossa história - o domínio Filipino e a Restauração da Independência - mas de uma maneira romanceada e divertida. É uma mistura de factos históricos e personagens ficticios, mas que nada retira ao encanto da escrita.

Decoração


Toilette


Versace Primavera/Verão 2008

domingo, 4 de maio de 2008

Toilette

Como todos sabem, cada Maison de Haute-Couture, tem um chief designer ou director criativo, que é o responsável pelas colecções, mas também por todos os produtos criados pela marca. Aqui vão as principais casas de moda do Mundo e os seus respectivos líderes:
Dior - John Galliano
Gucci - Frida Giannini
Chanel - Karl Lagerfeld
Yves Saint-Laurent - Stefano Pilati
Pucci - Laudomia Pucci
Valentino - Alessandra Facchinetti
Hermès - Jean-Paul Gaultier
Fendi - Karl Lagerfeld
Versace - Donatella Versace
Lacroix - Christian Lacroix
Givenchy - Riccardo Tisci
Prada - Miuccia Prada
Louis Vuitton - Marc Jacobs
Burberry - Christopher Bailey
Chloé - Hannah MacGibbon

Toilette




Yves Saint-Laurent Primavera/Verão 2008

Clave de Sol

Historial

Faz hoje 539 anos, que nasceu Nicolau Maquiavel. Este filosófo e político italiano, nasceu em Florença a 3 de Maio de 1469 e morreu na mesma cidade a 21 de Junho de 1527. Teve um papel político activo no governo de Florença, principalmente no tempo de Savonarola. É considerado o pai da Ciência Política moderna e a sua principal obra, O Príncipe, é considerado o manual fundamental para um bom governante.

Broadsheet

Parece que esta semana, na costa ao largo da Namíbia, foi encontrado um navio do século XVI, cuja nacionalidade era (e espantem-se) portuguesa.
Com este achado, especulou-se que o navio havia pertencido ao famoso navegador português Bartolomeu Dias, mas vários especialistas, sobretudo arqueólogos, já vieram desmentir. A prova de que o navio é português resume-se ao conteúdo da prórpia embarcação, sobretudo moedas. Segundo o arqueólogo Francisco Alves, as moedas encontradas datam da época de D. João III de Portugal, cujo nome sería "português", sendo uma das moedas mais fortes da época. O "português" começou a ser cunhado a partir de 1525, logo no inico do reinado de D. João III, sendo feitas em ouro.
A descoberta foi divulgada em comunicado de imprensa na passada quarta-feira, mas ocorreu no passado dia 1 de Abril, no decorrer de uma expedição de geólogos, envolvidos na prospecção de diamantes, e que pertencem à empresa sul-africana De Beers. Segundo a representante do Departamento de Imprensa desta mesma imprensa, "arqueólogos, em conjunto com o Conselho da Herança Nacional [da Namíbia], estão a efectuar um inventário do achado, e irão posteriormente contactar os governos de Portugal e Espanha".
Os achados subaquáticos estão protegidos pela Convenção da UNESCO sobre a Protecção do Património Cultural Subaquático, de 2 de Novembro de 2001, que Portugal, ao contrário da Namíbia, ratificou.

Decoração


Toilette



A pedido de várias familias, aqui está a foto de Madonna, com a sua bela Vuitton. Digamos que esta mala foge ao tradicional padrão da marca, mas que possui o espirito de uma verdadeira Vuitton: a beleza, o glamour e a originalidade. É, sem dúvida, um belo exemplar, não concordam?
(Foto gentilmente cedida pela minha carissima amiga Su)

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Hermitage


Recepção do Grande Condé em Versailles (1878)
- Jean-Léon Gérôme -

Toilette



Gucci Primavera/Verão 2008

Toilette


Valentino Primavera/Verão 2008

Decoração


Historial

Arthur Wellesley, Duque de Wellington, nasceu a 1 de Maio de 1769. Faz hoje precisamente 239 anos. Ficou para a História principalmente por ter sido o responsável pela derrota de Napoleão em Waterloo. Foi ainda diversas vezes Primeiro-Ministro do Reino Unido. Para além de Duque de Wellington, foi também Marquês de Torres Vedras, Conde de Vimeiro e Duque de Vitória, todos concedidos em Portugal, pelos seus serviços à Coroa Portuguesa.

Toilette



Querem melhor amor, que o amor a uma Vuitton?

Broadsheet

Espero que os meus adorados leitores e leitoras tenham visto, no Domingo passado, a Grande Reportagem da SIC, denominada "Sangue Azul". Eu vi! E como estudioso da Nobreza Nacional e Internacional, fiquei um pouco desiludido com a reportagem, mas contente por um canal de televisão ter dedicado 45 minutos do seu tempo a um tema tão interessante como este.
Na verdade, e tal como uma querida amiga minha disse, a dita reportagem era uma espécie de "nobreza para principiantes". Claro que as bases para tal tema não se adquirem com o visionamento de um programa de televisão, onde apenas foram dadas algumas luzes sobre o assunto.
Foram escolhidos cinco aristocratas portugueses: a Duquesa de Cadaval, o Marquês de Abrantes, o Marquês de Fronteira, o Conde de Albuquerque e o Conde de Calheiros.
Queria fazer aqui uma pequena análise da história de cada um.
Comecemos pelo último da lista, ou seja, Francisco da Silva de Calheiros e Menezes, 3º Conde de Calheiros. Este titulo foi concedido por D. Carlos I, Rei de Portugal logo no inicio do seu reinado. Pertence a uma nobreza mediana, de provincia, quase do género senhorial (o actual Conde é um dos homens mais importantes da sua região, tendo já sido autarca da localidade de Calheiros). Desempenha um importante papel na região, promovendo o desenvolvimento, o turismo e a modernização da zona rural.
O segundo titular abordado na reportagem foi D. Augusto Duarte de Andrade Albuquerque Bettencourt de Ataíde, 4º conde de Albuquerque; o condado de Albuquerque foi dos últimos títulos a serem concedidos no período monárquico. Foi concedido a uma ilustre Casa Fidalga dos Açores, que ao longo de gerações, quase desde a descoberta do arquipélago, desempenhou um papel fundamental na vida açoriana. De todos os entrevistados, o Conde de Albuquerque mostrou-se, talvez, como mais orgulhoso do título e das suas origens.
Seguidamente temos talvez o mais polémico titular na aristocracia portuguesa: D. Fernando de Mascarenhas, 11º Marquês de Fronteira, 9º Marquês de Alorna, 12º Conde de Coculim, 13º Conde da Torre e 13º Conde de Assumar. Tal como disse na reportagem, já foi monárquico, já foi republicano e neste momento é politicamente ateu. É um termo curioso, não é? Apesar de tudo, conserva os seus titulos com orgulho e governa a sua Casa com sensatez, residindo num dos melhores exemplares de casa aristocrática em Portugal: o Palácio Fronteira, em Benfica, Lisboa. No entanto, D. Fernando de Mascarenhas, para além de ser o titular de vários titulos, é ainda representante de outros igualmente importantes, mas que foram historicamente extintos. O caso mais conhecido é o do Marquesado de Távora. D. Fernando é, por direito familiar, o representante daquele titulo extinto no reinado de D. José I.
Depois, passamos para o Marquesado de Abrantes. Este, nos dias de hoje, é representado por D. José Maria da Piedade de Lancastre e Távora, 11º Marquês de Abrantes. Este aristocrata, senhor de uma das mais importantes casas nobres da história de Portugal pós-Restauração, também é: 15º Marquês de Fontes, 19º Conde de Penaguião e 14º Conde de Vila Nova de Portimão. Tal como D. Fernando de Mascarenhas, também é um sucessor legitimo da Casa de Távora, sendo ainda parente das mais importantes Casas da Nobreza portuguesa, como por exemplo, a Casa de Cadaval, Asseca, Castelo Melhor, Ponte de Lima e Alcáçovas.
Por fim, temos o último elemento deste nobre quinteto: D. Diana Álvares Pereira de Melo, 11ª Duquesa de Cadaval. Esta nobre mademoiselle (o seu casamento com Charles-Philippe d'Órleans está agendado para Junho deste ano) é neste momento a chefe de uma das mais prestigiadas e importantes Casas de Portugal. Na realidade, os Cadaval eram a segunda casa do Reino logo a seguir à própria Casa Real, tendo precedência em relação a todos os titulares de Portugal. O seu património contava-se entre os mais vastos da Peninsula Ibérica. Para além do Ducado de Cadaval, esta Casa também tem os titulos de Marquês de Ferreira e Conde de Tentúgal. (Para ver informações sobre o "Caso Cadaval", que diz respeito à crise sucessória que aconteceu depois da morte do 10º Duque de cadaval, pai de D. Diana, consultem o seguinte link: http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=67836 )
Assim, espero ter aguçado a curiosidade dos leitores para este tema tão importante para conhecer melhor a nossa história e tradições.